domingo, 25 de outubro de 2009

Não se fazem mais filmes como antigamente


Acabei de assistir "Sete Homens e um Destino", já ouviram falar?

Se você é um(a) rato(a) de filmes, como eu, com certeza, pelo menos, o deve ter visto nas prateleiras das lojas americanas.

Esse filme é o "remake" do filme de "Os Sete Samurais" de Akira Kurosawa(ainda estou a procura desse), sendo o japonês de 1954 e o americano de 1960. É a história de 7(nããããão) que se juntam para salvar um vilarejo de agricultores que sofrem na mão de um mercenário e como cada um lida com a vida sem rumo que levam. Fala-se sobre nobreza, família e lealdade. Parece chato? Garanto que você ficará espantado(a) com o como tudo passa rápido.

Sabe por quê?

Além de tudo ser bem bacana, é engraçado ficar reparando em como os filmes antigos têm uma fórmula mágica. A minha favorita é a da cena dramática e a frase de efeito. A música aumenta e a bala corre solta. Então dá-se um zoom no rosto dos atores, eles encenam e tudo continua. É muito engraçado. Sério! Principalmente as frases. Nossa! Foram tantas nesse filme que eu tentei decorar todas e acabei não decorando nenhuma. Além disso, os tiros mal feitos, erros de continuação e feiura dos coadjuvantes não me deixavam guardar nada.

Hoje em dia é tudo tão perfeitinho... E nem preciso falar dos efeitos, né?

Calma! Não vou começar a filosofar que os filmes antigos são infinitamente melhores que os atuais. Os dois têm seu valor. E é legal estar sempre vendo um deles para perceber isso.

Esse post é realmente só pra comentar que não se fazem mais filmes como antigamente. hehehe

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Manifesto da Minoria

Se eu tivesse montado uma banda bacana no ensino médio, essa seria a música de Debut. Quem nunca foi revoltada com os populares da escola, né? hehehe


MANIFESTO DA MINORIA


Já tô cansada dessa situação

Por mais que eu tente, todos me deixam na mão

Não quero mais ser deixada no canto excluída

Não!


Já tô cansada de tentar me encaixar

Todos me dizem que eu tenho que mudar

Será que sou eu?

Eu acho que são eles.


Eu sou taxada de amiga nerd e feminista

nas festas mais bombates, eu nunca tô na lista

Já tô acostumada com isso

então nem ligo mais


Mas quando eu descolo um convite por pura sorte

ficar perto de mim parece a própria morte

Já chega!

Eu vou revolucionar!!!


* Refrão

Ei, populares

escutem porque essa é pra vocês

não somos mais fregueses de ninguém

já fomos, mas agora não dá

não dá, não dá, não dá, não dá

A minoria agora forma mais de um milhão

e não queremos mais humilhação

já aguentamos demais

Não dá, não dá, não dá, não dá


Já tô cansada dessa situação

por mais que eu tente, eles sempre têm razão

são os maiorais da quadra, do clube, da escola

É!


Eu tô cansada de tentar encontrar

algo que faça essa sistema mudar

será que muda?

melhor achar que sim


Eu ando com otakus e gente que é do rock

e ficar perto de mim parece a própria morte

Já chega!

Eu vou revolucionar!


*Refrão


Sei que nem tudo é assim tão errado

existem populares bons, é claro

Mas eles são a minoria

COMO NÓS


*Refrão

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ser Criança


Criança. Diversão. Chácara. Cachoeira. Ficar embaixo do sol sem protetor. Natureza. Amigos. Queimada. No Worries. Sandy & Júnior. Cantar alto. Video Game. Detetive. Uno. Biscoito recheado. Salgadinho. Frutas do pé. Shampoo da Bárbie. Cachorrinhos. Festa. Pique-esconde. Recorde. Ursinho favorito. Pequenas aventuras. Três cortes. Lições. Alergia. Filme de censusa 14 anos. Dormir tarde só pra assistir-lo. Palavras inocentes. Picolé. Dançar. Futebol. Correr na grama. Correr na grama molhada. Pisar na bola. Se sujar toda. Não ligar pra isso. Pais se divertindo. Ajuda na cozinha. Futebol de novo. Sede. Água? Existe coca-cola! Mais correria. Pais olhando. Pais sempre com a gente. Muitas risadas.

Queria continuar nesse ritmo do dia 12/10. Foi assim todo o fim de semana.

Pena que os meus quase 20 anos pesaram e eu terei que ficar estudando nesse dia das crianças. Mas não importa, sabe? Só de saber que eu ainda posso voltar alguns anos por um dia, todas as dores musculares que sinto no dia seguinte já são muito bem compensadas.

sábado, 3 de outubro de 2009

Garotos

Sabe aquela música Garotos do Leoni? É aquela que não tem mulher que não se sinta adorada após escutá-la?
Pois é, ela foi a grande inspiração para escrever o pequeno conto a seguir.

GAROTOS

Sob a grama verde do campus, lá estava debruçado sobre esta e observando as nuvens como de costume. O cabelo castanho claro repousava no seu rosto e os óculos de grau estavam ao seu lado. Gostava daquele lugar. O lugar perfeito para apenas pensar, nada poderia interrompe-lo. Fechou os olhos curtindo aquela tranqüilidade que tanto idolatrava e logo os abriu para deparar-se novamente com o azul do céu, mas deparou-se com outro azul.

“Ei, Léo!” A loira pertencente dos mais belos olhos azuis o chamou.

“Júlia...”.

Seus olhos e seus olhares

Milhares de tentações

Léo sentou-se para que ficassem lado a lado.

“O que faz aqui?” ele quis saber.

“Por que a pergunta? Não queria me ver?”.

“Não... não é isso...” o jovem não sabia o que responder, só tinha perguntado por perguntar... “Ah, mas que problema!” Ele terminou desconcertado.

Júlia abafou uma pequena risada com as mãos deixando Léo mais confuso.

“Bobo... só estava brincando!”.

Meninas são tão mulheres

Seus truques e confusões

Léo, mesmo sem entender direito, resolveu deixar aquilo de lado.

“E então, o que estava fazendo?” a loira perguntou.

“O de sempre...”.

“Ah claro, as nuvens...” ela concluiu.

O silêncio caiu entre os dois. Léo pôde ver que Júlia agora estava concentrada no céu. Júlia... Estava linda como sempre. O cabelo preso balançava no mesmo ritmo da brisa de outono que passava levemente dando-a um ar angelical. As belas formas se destacavam na posição estava sentada, tudo era perfeitamente delineado. Ela o encantava, não tinha como negar. Era sempre assim quando ele a via, ficava sempre perdido em seus desejos pela companheira de universidade.

Se espalham pelos pêlos

Boca e cabelo

Peitos e poses e apelo

Me agarram pelas pernas

Certas mulheres como você

Me levam sempre onde querem

“Léo...” ela o chamou novamente cortando o silêncio. “O que você gosta tanto nas nuvens?”.

“Bem... as nuvens. De certa forma, não sei como explicar, elas me passam paz que eu sempre quis.”

“Nossa... Nunca pensei escutar palavras como essas vindas da sua boca!” ela exclamou.

“O que você quer dizer com isso?”

Ela o encarou rapidamente e depois balançou a cabeça.

“Esquece...”. ela respondeu.

Como era enigmática. Ele, o melhor de seu curso; possuidor de um QI de 200, não conseguia decifrá-la. Perto dela ele não se sentia inteligente. Perto dela ele se sentia apenas um menino que mal sabia o bê-á-bá.

Garotos não resistem aos seus mistérios

Garotos nunca dizem não

Garotos como eu sempre tão espertos

Perto de uma mulher...

São só garotos

Júlia não demorou a notar que Léo a observava. Abriu um belo sorriso para ele. Aquele sorriso cheio de charme que só ela sabia dar. Estava se tornando irresistível.

Seus dentes e seus sorrisos

Mastigam meu corpo e juízo

Estava tomando conta dele. Não conseguia mais pensar nada além dela. Apenas olhar para ela fazia todo o seu pensamento lógico dissipar-se. O raciocínio já não trabalhava e naquele momento ele só queria uma coisa...

Queria beijá-la.

Devoram os meus sentidos

E eu já não me importo com isso

Sem ligar para as conseqüências futuras, Léo pousou das mãos na face da amada e com a outra, a puxou para mais perto de si. Estavam muito próximos e os olhos não paravam de se fitar. Por fim, os últimos foram se fechando já tomados pelo clima presente e assim, o beijo começou.

Então são mãos e braços

Beijos e abraços

Pele, barriga e seus laços

São armadilhas

E eu não sei o que faço

Aqui de palhaço

Seguindo seus passos

Após um bom tempo, aquele gesto tinha acabado. E Léo havia recobrado a consciência.

“Desculpe Júlia, eu não...” ele tentou se desculpar.

“Sabia que você não ia resistir!”.

Léo ficou surpreso com a afirmação. Aquilo tinha sido um jogo para ela? Mas uma vez não conseguiria saber...

“Vamos. Temos aula de estratégia de empresas agora.” A loira disse levantando e estendendo a mão para ele. “Depois disso, você podia me chamar para comer em algum lugar, sei lá...”

“Certo...” ele concordou calmamente e passando um dos braços pelos ombros da garota.

Garotas... sempre seriam problemáticas para garotos...

Garotos não resistem aos seus mistérios

Garotos nunca dizem não

Garotos como eu sempre tão espertos

Perto de uma mulher...

São só garotos